domingo, 30 de maio de 2010

I OFICINA DE PINTURA CORPORAL





A Cultura Indígena Kariri-Xoco tem cores, com simbologia própria para designar os seu valores, poder, assegurando a proteção da pessoa pintada. Desenhos em diversas formas traz o significado como uma escrita tradicional, os índios conhecem muito bem, basta marcar o corpo. Nesta I Oficina de Pintura Corporal através do Ponto de Cultura Horizonte Circular, dia 04 de maio de 2010 chamou o Pintor Indígena Tawanan Euzani Cruz, para trabalhar com as crianças e adolescentes da Escola Indígena Estadual Paje Francisco Queiroz Suira, Aldeia Kariri-Xoco, município Porto Real do Colégio, Alagoas. Segundo Tawanan, a Cor "Vermelha do Urucum" vem do Sol que dar energia ao Guerreiro, proteção, coragem, ação; o "Azul do Genipapo" vem da Lua, aquela que faz as plantas crescer; "Preto" do carvão o grande Segredo, Mistério, onde nao podemos ver no escuro; "Branco" da argila branca chamada Tawa a maturidade do ancião, paz,pureza, saúde. Nos desenhos em forma de "Ondulares" pintada no corpo significa as emoções,lágrima, agua; as formas " Circulares " período de tempo, ciclo da natureza, movimento dos fenômenos dos ventos; os "Triangulares" os objetivos para alcançar, defesa, alvo; "Irregulares" a diversidade do todo. Muitas crianças foram pintadas pelo Pintor Tawanan,fizeram fila para facilitar o trabalho do oficineiro, ficou maravilho pela beleza de cores e formas estampados nos rostos dos curumins. Neste dia estava chovendo na escola, a criançada fazia a festa pulando de alegria. Com o aprendizado teve meninos que ajudaram Tawanan na tarefa da pintura, como assistentes, outros ate mesmo fizeram pinturas no rosto dos colegas de sala de aula. A materia prima da Pintura Corporal, utilizada na oficina ja mencionamos la em cima : Urucum, Genipapo, Argila Branca e Carvão vegetal; mas existe outras diferentes cores retiradas de argila, pedras, sementes, sumo de arvores, etc... , com outros significados, alem dos desenhos e formas.

Coordenação do Ponto de Cultura Horizonte Circular

sábado, 29 de maio de 2010

I OFICINA DE MUlTIRÃO CANTOS DE ROJÃO



Os indígenas Kariri-Xoco que localizam-se no municípios de Porto Real do Colégio e São Braz, Alagoas tem nas tradições, o trabalho em Regime de Multirão, seja na limpa da roça, construção da casa de taipa(agora alvenaria), colheita da safra agrícola, na caça, pesca, plantio de arroz. O Mutirão instituição social caracteriza pelo trabalho coletivo de várias famílias entre-ajudar a outra para concluir uma tarefa grande em um so dia, vem acompanhado com os "Cantos de Rojão". Para entender como funciona os Cantos de Rojão, os homens trabalham em 6 a 8 pares cantando com 1ª e 2ª Voz, formando "Duplas de Cantos", nas roças, quintais e nas lagoas. O Ponto de Cultura Horizonte Circular trouxe o Cantor de Rojão Dioclecio Francisco Tenório para repassar Cantos do Mutirão ou Rojão as crianças da Escola Indígena Estadual Pajé Francisco Queiroz Suira. A Colônia Indígena Área Agrícola doada pelo ministério da Agricultura aos Kariri-Xocó em 1947, ficou marcada na cultura do grupo tribal como o local onde houve mais Mutirão com Cantos de Rojão, Dioclecio descreveu também no quadro da sala de aula as casas dos habitantes da Colônia com seus respectivos moradores, especie de mapa histórico, que chamou muito a atenção das crianças e principalmente dos professores, onde teve alguns deles que emocionaram-se, lembrando dos bons tempos. Já no patio da escola Dioclecio formou Dupla de Cantos de Rojão com Caco, Tio Ze, as crianças imitando mesmo baixinho. Entre os Cantos de Rojão apresentados :

MEU LOURO
"Meu Louro, meu louro,
Papagaio do Sertão,
O, meu louro.
Bis...
Bis... "

SERRA DA BANDEIRA
"Ei oi minha Serra da Bandeira,
Ei oi minha Serra Embandeirar.
Bis...
Bis...

ALAGOANA
"Ei, ei oi Lagoana ei,
So me caso com voçe lagoana,
Ei, Ei oi..."
Bis...
Bis...

MAE DA LUA FALA
"Mae da Lua fala ei oi,
Oi dcha ler ler ,
Mae da Lua fala ei,ou dcha oi...
Bis...
Bis...

Na comunidade Indígena Kariri-Xocó temos mais de 30 Cantos de Multirão, que vamos ainda passar para as crianças como forma de resgate cultural de um povo que trabalhou ao longo de sua historia na região onde perfaz o Horizonte Circular nas cidades, povoados, vendendo sua mão-de-obra aos fazendeiros para sobreviver. Mas também nesta formação cultural, teve momentos felizes pela troca cultural, nos cantos, danças, mão-de-obra, cerâmica ficou a amizade entre comunidades circunvizinhas nas margens do Rio São Francisco.

Coordenação do Ponto de Cultura Horizonte Circular.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

PALESTRA E APRESENTAÇÃO DO HORIZONTE CIRCULAR EM PORTO REAL DO COLÉGIO




Diante da Semana do Índio na município de Porto Real do Colégio,nos do Ponto de Cultura Horizonte Circular, fomos convidados pela Direção do Centro Educacional Ernane Figueiredo para mostrar, como vive, a historia, cultura dos Kariri-Xoco. O Contador de Historia Nhenety Coordenador das Atividades Pedagógicas fez Apresentação do Projeto e deu uma Palestra para os alunos e professores. No período de manha e noite começou falando da Historia dos Kariri-Xoco, mostrou as ações do Horizonte Circular no auditório do colégio dia 23 de abril de 2010, houve também Cantos,Danças do Tore Tradicional, mostrando ao vivo a Cultura Indígena local.Foi mostrado que os indígenas atuam no município e cidades circunvizinhas, seja na cultura, produtos da cerâmica utilitária produzidas na tribo, o pescado sao trocados com as comunidades nao-índia por farinha, feijão, jaca, galinha principalmente com os produtores rurais. Pelo que foi apresentado, a fauna, flora, cultura, historia dos municípios que envolvem o Horizonte Circular, tem muitos nomes de origem indígena, nos rios, serras, lugares, onde o publico em geral aplaudiram o Ponto de Cultura Horizonte Circular. Na cidade de Porto Real do Colégio-Alagoas,Propria-Sergipe estudam muitos indígenas Kariri-Xoco desde antiga data, todos participam dos eventos sociais, culturais, religiosos, comerciais relacionando com a população das margens do Rio Sao Francisco. Ficou entendido que todos no Vale do Velho Chico somos frutos da miscigenação do "índio,europeu e o negro" que formou as cidades, povoados nascidas das aldeias indígenas no tempo do Brasil Colônia, mas que continua ate hoje. Apos a apresentação a diretora, professores, servidores, alunos do Centro Educacional agradeceram aos indígenas pelo aprendizado, ficaram sabendo de coisas que todos nos temos muitas coisas e comum.



Coordenação do Ponto de Cultura Horizonte Circular

quinta-feira, 27 de maio de 2010

EXIBIÇAO DE VIDEOS COM JANTA COMUNITARIA



A Comunidade Kariri-Xoco ja tem muitos anos que estar em contato com os meios de comunicaçao,TV, Cinema, Telefone, vem desde o meados e final do seculo XX, produçoes ja prontas pelos diretores externos para o publico em consumo. Com a criaçao do Ponto de Cultura Horizonte Circular, os Indios Kariri-Xoco, municipio de Porto Real do Colegio, Alagoas, pela Associaçao Indigena Bonsucesso Kariri-Xoco, Secult-AL.,agora os proprios indigenas fazem seus videos, fotos, materias, contam suas historias, sendo diretores, cameras, reporteres, exibindo os filmes na aldeia indigena, em cidades circunvizinhas. Aconteceu dia 2 de abril a Equipe do Ponto de Cultura Horizonte exibiu os videos, filmes com as imagens produzidas nas Oficinas de Artesanato e Agricultura que aconteceu na Escola Indigena Paje Franciso Queiroz Suira com os alunos, mas que agora estava sendo exibido no Centro da Aldeia para todos assistirem. O publico ficaram entusiasmado com os videos produzidos pelo Projeto do Ponto, porque a comunidade estava se vendo nas imagens, os seus filhos como atores da vida real, com senas conhecidas do cotidiano, com seus costumes, habitos, tradiçoes da cultura, historia dos Kariri-Xoco. Tambem foi oferecido pelo Ponto Horizonte Circular, uma alimentaçao comunitaria ao publico que estava assistindo a exibiçao dos videos, os adultos, crianças e velhos da tribo presente na praça defronte o telao. O publico gostaram tanto da exibiçao que perguntaram ao pessoal do Ponto de Cultura Horizonte Circular de quando seria a proxima exibiçao, onde responderam que muito brevimente. Ficamos satisfeitos com os resultados do trabalho produzido pela Coordnaçao e Associaçao junto com a comunidade, escola indigena da tribo, onde muito do material ( videos das oficinas )vai ser reproduzido e distribuido como metodologia pedagogica de acordo com a cultura indigena local e regional.

Coordenaçao do Ponto de Cultura Horizonte Circular

quarta-feira, 26 de maio de 2010

II OFICINA DE AGRICULTURA PREPARO DO SOLO E CAPINAGEM



As primeiras atividades agricolas dos Indigenas Kariri-Xoco na formaçao da Roça, começa pelo " Roço do Mato, Arrancaçao de Toco, Coivara ", falou o Agricultor Givanildo Pirigipe, que vei a Escola Indigena Paje Francisco Queiroz Suira, Aldeia Kariri-Xoco, Porto Real do Colegio Alagoas. O indio Givanildo agricultor convocado pelo Ponto de Cultura Horizonte Circular dia 11 de março de 2010, para ministrar sua experiencia no menejo da Terra junto as crianças da Comunidade. Segundo o agricultor em Oficina contou diversss historias da dificuldades dos mais velhos que trabalhavam sem ferramentas, no preparo do solo, este mes de março as chuvas chegaram, a terra temque estar pronta para "Araçao e Gradagem ", mas primeiro devemos derrumar o mato, onde vai ser feita roça, depois queima os troncos arrancados, facilitando o trator no repasse da terra. As crianças aprenderam como e o processo passo a passo ate chegar ao plantio, inclusive apos as plantas crescerem como devera capinar (lampicar ), nestas atividades tem ate Cantos de Mutirao, onde posteriormente vamos ver e ouvir em outras Oficinas sobre os Cantos de Trabalho. As ferramentas utilizadas no preparo do solo sao a foice, enxadeco, machado, enxada principais instrumentos entre tantos ussados pelos agricultores indigenas, mas que no final o trator vai concluir o preparo do solo arando e gradeando,deixano a terra solta para a semeadura no plantio. As plantas qe mais nasce no campopara a derrubada sao mameleiro, velame, jurubeba, mata-pasto, mian, espinheiro, mororo de bode e outras, mais a arvore do juazeiro nunca devemos derrubar, porque faz sombra boa para descançar, servindo de abrigo do sol e da chuva. O contato com a terra sempre tivemos no passado e agora no presente, trabalhar com a cultura que vem desde nossos ancestrais, com as sementes de geraçao em geraçao. Agora as sementes envida pela FUNAI,produzem bastante, mas nao nascem novamente quando guardadas para o outro ano, porque sao modificadas geneticamente. Porisso devemos guardar as sementes deixadas pelos mais velhos, sentimos muito por nao ter mais as sementes tradicionais, dependemos agora das matrizes hibridas de milho, feijao, algodao. Podemos ter esperança de um dia novamente ter as sementes criolas dos antigos agricultores indigenas que habitavam esta regiao do Nordeste.

Coordenaçao do Ponto de Cultura Horizonte Circular

I OFICINA DE AGRICULTURA






Pela mudanças climaticas do nosso planeta Terra, o periodo de chuvas, estao atrasadas, fica dificil seguir o calendario agricola tradicional, porque as florestas foram devastadas com fenomenos naturais fora do tempo previsto. Mas em Kariri-Xoco atraves do Ponto de Cultura Horizonte Circular, temos previsto em nossos atividades Oficinas de Agricultura para resgatar nossa cultura tradicional, estamos levando para a Escola Paje Francisco Queiroz Suira o Agricultor Indio Jose Paulo dos Santos como " Conhecedor das Plantas " agricolas cultivadas em Kariri-Xoco, aplicando uma metodologia da Educaçao Escolar Indigena de acordo com a cultura tribal no dia 25 de fevereiro de 2010. Na I Oficina de Agricultura as crianças da Escola Indigena conheceram sobre: Preparaçao do Solo, sementes de milho, feijao, abobora, algodao,mudas da mandioca etc..; plantio, tratos culturais na limpa da roça,colheita, consumo e venda dos produtos agricolas. Atraves dos produtos agricolas produzidos na aldeia Kariri-Xoco, foi mostrado que podemos fazer diversqas comidas tipicas: cuscuz, canjica, mucunza, pomonha, farinha, feijoada. Do algodao temos a possibilidade de fazer fio para tecer redes, lençol, tecidos na forma tradicional, com cores naturais da materia prima do urucum, genipapo. As crianças trabalharam com enxadas para aprender a manusear o instrumento de limpar a roça do mato almentando a produçao, porque cuidando da lavoura as ervas daninhas nao poderar competir na disputa de nutrientes da terra com as plantas cultivadas pelo agricultor indigena. Aprendemos muito com o conhecimento repassado pelo Agricultor Jose Paulo dos Santos.
Coordenaçao do Ponto de Cultura Horizonte Circular.

terça-feira, 25 de maio de 2010

II OFICINA DE ARTESANATO HORIZONTE CIRCULAR, CONFECÇAO DE ZARABATANA

Na Escola Indigena Paje Francisco Queiroz Suira dia 18 de fevereiro 2010 foi realizada a II Oficina de Artesanato, sendo que estar com o tema " Confecçao de Zarabatana ",atravez do Ponto de Cultura Horizonte Circular,ministrada pelo Artesao Indigena Genildo Florencio dos Santos com as crianças da Instituiçao de Ensino da Aldeia Kariri-Xoco, municipio de Porto Real do Colegio, Alagoas. A Zarabatana lançador de dardos, que no periodo tradicional, os indigenas capturavam passaros, mas que atualmente sao brinquedos; para confeccionar este objeto ussar-se a taboca ou a umbauba, com uma pequena flecha quando soprada pelo caçador atinge o alvo. Pelo que foi apresentado, observado e praticado na aula pelo artesao foi muito gratificante para a criançada aprender a arte indigena. Na Aldeia Kariri-Xoco tem muitos artesoes que trabalham com diversos objetos artesanais, mas a Zarabatana se destaca por ser tambem brinquedo das crianças, considerando a produçao local vem muitos turistas comprar, ate mesmo os indigenas vendem os produtos quando viajam nas apresntaçoes por ocasiao da Semana do Indio. A Coordenaçao do Ponto de Cultura Horizonte Circular estava a todo tempo acompanhando as atividades do Artesao no patio da Escola. O que fica mais interessante quando todas as turmas das salas de aula da Escola Indigena Paje Francisco Queiroz Suira vem participar da Oficina,as crianças, professores, direçao, servidores, pessoas da Comunidade, pela importancia na valorizaçao da Cultura Indigena Kariri-Xoco.

Coordenaçao do Ponto de Cultura Horizonte Circular

I OFICINA DE ARTESANATO HORIZONTE CIRCULAR






No dia 11 de fevereiro de 2010,as 10:00 horas na Escola Indigena Paje Francisco Queiroz Suira, Aldeia Kariri-Xoco,municipio de Porto Real do Colegio, Alagoas, atraves do Ponto de Cultura Horizonte Circular, pela Associaçao Indigena Comunitaria Bonsucesso Kariri-Xoco, Secult-Al., foi iniciado a I Oficina de Artesanato, pelo Artesao Indigena Ryakonan Cicero Ferreira Ribeiro,que ministrou as atividades com as crianças da Escola Indigena,acompanhado por professores, diretor, pelos Coordenadores do Horizonte Circular Jose Nunes, Douglas, Wesley, e outros mais. Na Oficina de Artesanato o Artesao Ryakonan apresentou a materia prima, com uma Metodologia Artistica Tradicional da Cultura Kariri-Xoco, as crianças da escola receberam aulas praticas de como confecionar o " Colar ", de sementes coloridas, com penas de aves,cordao de cera. A Oficina continuou ate a tarde,com as crianças do segundo horario, onde meninas e meninos se interesaram no aprendizado da confecçao de Colar, puseiras, brincos. Pela reaçao do pessoal da Escola e da Comunidade Indigena Kariri-Xoco,as Oficinas vai dar uma força grande a Cultura por continuar as atividades tradicionais, as crianças aprendendo temos a certeza que vos sobreviver culturalmente como Povo Indigena.

Ponto de Cultura Horizonte Circular

sexta-feira, 21 de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Oficinas


Bom, uma das nossas maiores dificuldades foi ter ideias de como trazer a criançada para assistir as oficinas, tivemos que juntar a turma para tratar do interesse da turminha então os educadores da escola indígena Pajé Francisco Queiroz Suira contribuíram para nos ajudar colocando as oficinas como uma ferramenta mais uma aula fazendo trabalhos com os alunos elaborado na sala de aula.....

Houve uma preparação enorme para deixarmos tudo como planejado; a organização dos equipamentos do som e etc...